sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O Ovo Apunhalado

Caio Fernando de Abreu (1948 - 1996)




Queria que o dia de hoje fosse um pouco mais inspirador, pois não anseio escrever tristemente, ainda que a lacuna que você deixou no mundo seja vasta.

Não sei pras outras pessoas, mas na minha concepção, você foi e ainda é uma das maiores inspirações. E de algum modo, uma das maiores certezas. E cada vez eu vejo nas prateleiras de livrarias e sebos Limite Branco, Morangos Mofados ou Pequenas Epifanias, me dá uma saudade. Uma saudade do que eu nunca pude conhecer.

Estranho como alguém que deixou de habitar esse lugar quando eu tinha 2 anos de idade, e que eu só fui conhecer através de palavras, capas e contra-capas 11 anos mais tarde, mudou por completo minha vida. E meus pensamentos. Mudou aqui dentro, tudo, na alma, no coração.

Caio, onde quer que você esteja hoje, que você saiba - eu tenho certeza que você sabe - de todo o coração, de toda a vida, que você foi, mas continua aqui com muita gente, todos os dias. E que faz bem, e que sempre faz melhor. E fala por nós.







"Quem diria que viver ia dar nisso?"