terça-feira, 29 de dezembro de 2009

I Wish

"Eu queria sair por aquela porta e conhecer alguém. Assim, sem precisar procurar no meio da multidão. Alguém que me levasse ao cinema e, depois de um filme sem graça, me roubasse gargalhadas. Alguém que segurasse minha mão e tocasse meu coração. Que não me prendesse, não me limitasse, não me mudasse. Alguém que me roubasse um beijo no meio de uma briga e me tirasse a razão sem que isso me ameaçasse. Que me dissesse que eu canto mal e que eu falo demais e que risse das vezes em que eu fosse desastrada. Alguém que me olhasse nos olhos quando falo, sem me deixar intimidada. Alguém com qualidades e defeitos suportáveis. Que não fosse tão bonito e ainda assim eu não conseguisse olhar em outra direção. Alguém que me encontrasse até quando eu tento desesperadamente me esconder do mundo. Eu queria sair por aquela porta e conhecer alguém imperfeito. Feito pra mim." - Jordana Silveira

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Sempre odiei rotinas. Ter horário certo pra fazer o que eu poderia fazer aleatoriamente, na ordem que me conviesse, me irrita. Me revolta. Felizmente, sempre consegui driblá-la, de modo que, no fim das contas, acabasse por não ser uma rotina, e sim um dia diferente após o outro. Mas ultimamente, eu tenho tido a pior rotina: pensar em você. Acordo, como, assisto televisão, ouço música, lavo a louça, brinco com o cachorro e durmo com esse maldito pensamento que eu não consigo deixar de lado.
Às vezes, por um instante, penso numa outra coisa, que me lembra outra e outra. Mas ai, nesse lembrar, eu lembro de você. Sempre tem uma coisa que me lembra você. Isso não me agrada. Não me agrada nem um pouco. O que me agrada menos ainda, é não saber se ocupo tanto tempo na sua cabeça quanto você na minha. Quer dizer, é
frustrante pensar tanto em alguém e esse alguém não pensar um pouco em você. Esse não saber, esse talvez, esse se
, começa a me incomodar. Me incomoda porque faz com que eu me sinta insegura. Eu, que sempre me julguei tão segura de mim mesma, agora insegura. Parece até piada quando eu penso. Mas não é. Com essa insegurança, vem uma vulnerabilidade enorme.
Vulnerável e idiota acabam sendo sinônimos pra mim.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Sobre Todas

"Ele é do tipo que te despreza, mesmo tendo um carinho enorme por você. É do tipo que não te cumprimenta quando te vê, mas quando você fala com ele, ele te dá um abraço verdadeiro e um sorriso daqueles que muda totalmente seu dia. Ele é do tipo que anda largado e não costuma pentear os cabelos. Tem animais de estimação, mas não cuida. Vive cantando músicas que só ele conhece e gosta. É o tipo de menino que conquista todas as meninas sem fazer nada. Ele é o tipo de menino pelo qual eu me apaixono. Mas é também o tipo de menino que nunca se apaixona por meninas tipo eu ."

Achei esse texto uma vez por ai. Não sei de onde ele é, nem quem é o autor. Só sei que é verdade.

Words I Might Have Ate


Durante todo o ano, venho reparando no comportamento das pessoas ao meu redor e no das que ouço falar. É interessante a mania que as pessoas tem de cuidarem uma da vida das outras. Não que elas façam por mal, mas por mais que digam que não se metem na vida alheia, sempre acabam dando uma brecha, e mentendo o nariz onde não são chamadas. É hipocrisia dizer que não se importa com a vida dos outros porque, no final das contas, todo mundo se importa. Por exemplo, se você visse seu vizinho casado na garagem do seu prédio aos amassos com a vizinha do décimo quinto andar, você provavelmente comentaria com alguém. Como eu disse, todo mundo fala um pouco da vida do outro.
Veja bem, não estou reclamando. Acho até interessante saber sobre a vida alheia(é, eu adoro uma fofoca, e dai?). Agora, o que eu não consegui entender durante todo esse ano - e, provavelmente, eu não vá entender durante os próximos também - é o que leva uma pessoa a
cuidar da vida do outro
. O que as pessoas tem na cabeça pra acharem que tem tal liberdade? Não é possível! Se Deus quisesse que uma pessoa cuidasse de mais de uma vida, além da sua, teria feito o ser humano com 7 vidas, e não com uma só.
Não sei quando eu vou entender esse tipo de coisa. E mesmo se eu entender, tenho certeza que não vou me conformar. Que tal cuidarmos das nossas próprias vidas e esquecer um pouco da vida alheia? Às vezes, apontamos tanto os erros/defeitos dos outros, que esquecemos de perceber os nossos próprios.