domingo, 22 de agosto de 2010

For The Last Person I Kissed

day 23

para Vitor Mitsuo Estevam Suzuki

"Era só uma carta pra eu escrever e postar no blog por causa do 30-days-letter. Mas sei lá, me deu vontade de te entregar em mãos, ao invés de só deixar lá.
Bom, acontece que eu já tentei começar duas vezes essa carta pra você, e me deu 5 minutos, eu não gostei, e apaguei. Espero que dessa vez saia uma coisa melhorzinha. (...)"

Pois é. Carta a ser entregue em mãos. (:

domingo, 15 de agosto de 2010

For Someone I Want To Give a Second Chance To

day 22


Não sei se faço bem escrevendo pra você depois de tudo, então essa carta vai sem destinatário, mesmo.
Na realidade, não é nem só pra você que eu gostaria de dar uma segunda chance. É pra nós dois. Pra amizade que a gente deixou morrer por uma coisa ridícula - do meu ponto de vista, ao menos, foi ridícula sim.
Te conhecer foi uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida. Quando eu achava tudo sem graça, achava o mundo tão meia boca, e minha vida tão mais ou menos, você apareceu. E sabe, foi muito do nada. Eu nunca conseguiria imaginar que nós seríamos tão próximos um do outro se realmente não tivesse acontecido.
Lembro de todas as nossas madrugadas nostálgicas. Da gente relembrando dos nossos amores passados, ao som de bandas que ninguém conhece, chorando junto e dizendo um ao outro que aquilo iria passar, que as coisas iam ficar melhores, e que nenhuma dor é pra sempre. E de tanto a gente falar sobre isso, de tanto a gente acreditar um no outro, tudo passou.
Acho que o nosso maior erro foi, talvez, ter confundido ou apressado demais as coisas. A gente cobrava uma fidelidade que não tinha como existir, um do outro. E deixamos coisas banais atrapalharem a gente. Isso foi o pior. Acreditamos em pessoas que não queriam que a gente tivesse absolutamente nada - nem mesmo nossa amizade, que era tão importante pra gente. Desculpa por isso.
Há algum tempo eu vejo o quão idiota eu fui. E você foi. A gente jogou fora uma amizade tão foda por umas coisas tão idiotas, que hoje já não significam absolutamente nada pra nenhum de nós dois. E eu sinto a sua falta. Sinto demais, mesmo. De verdade. De todos os seus conselhos, das suas broncas, das suas brincadeiras sem graça, das suas mensagem no meio da aula, das broncas que eu tomava da minha mãe e você da sua por ligarmos um pro outro no meio da madrugada e ficarmos duas horas conversando sobre besteira, e rindo alto, acordando os vizinhos.
De vez em quando me dá vontade de ir falar com você. De te escrever um texto como esse, pedindo desculpas, admitindo meu erro, apontando o seu, e mostrando que poderia sim ser diferente, se nós não tivéssemos sido tão idiotas e inflexíveis. Mas eu tenho medo do que você vá pensar, das patadas que você possa me dar, e das palavras que você possa jogar contra esse muro que anda separando a gente há quase um ano. Então, não sei. Sei que se você ler isso, você vai saber que é pra você, e isso é tudo o que importa. Mesmo que isso não mude o que você pensa, mesmo que isso não faça nenhuma diferença mais pra você, ao menos eu coloquei tudo isso pra fora. E me sinto um pouco melhor.
E ah, sei lá. Só espero que tudo esteja dando certo pra você, que você esteja feliz, que as coisas tenham melhorado, e que você não tenha mudado nem um pouco o que você era. E que você saiba que, por mais imbecil que possa parecer, você faz sim falta.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

For Someone I Judged By Their First Impression

day 21

para Nádia Nassar Guimarães

Não tem como esquecer da época em que a gente se conheceu. Quando a gente se viu pela primeira vez naquela escola enorme, quando a gente viu que era da mesma sala, e nossa cara de espanto e desprezo uma pra outra. Haha, bons tempos, vai. Eu olhava pra você, e te achava a pessoa mais enjoada, fresca e superficial desse mundo. E provavelmente você olhava pra mim e pensava que eu era a pessoa mais mal-educada, respondona e estranha do universo, né. Não que a gente estivesse completamente errada, né? haha. Mas aí, veja só como as aparências enganam, você me ouviu falando do show do MxPx, e ai pronto, tudo mudou entre a gente. Quando a gente começou a descobrir todas aquelas coisas em comum. Até o nosso bairro era o mesmo, como assim! Daí a gente começou a conversar mais, e ver mais e mais coisas, e mudar completamente nossas opiniões. Foi aí que a frase 'não julgue um livro pela capa' começou a fazer muito mais sentido na minha vida, passou a ser entendida como bem mais do que uma frasezinha clichê de moralzinha barata.
Sabe, era nosso destino, ter essa amizade. Morar no mesmo bairro, seu irmão ter namorado com uma amiga minha, a gente ter quase estudado duas vezes no mesmo colégio. Vida torta, destino babaca que fez a gente demorar pra se conhecer. Mas pelo menos aconteceu, né? E pode ter certeza que eu agradeço todos os dias por ter você comigo, Nazinha. Você me entende, você me faz rir, você canta funk comigo na aula, você vai comigo ate o Tucuruvi comendo besteira depois da aula (ah, faz muito tempo que a gente não faz isso!), passa cola da prova pela borracha, se revolta junto comigo com o TCC idiota. Ah, sei lá, haha. Desculpa por qualquer coisa ruim que eu pensei sobre você antes de te conhecer. Todo aquele pré-conceito sumiu naquele ano de 2007, acredite. E hoje eu te amo muito mais do que eu jamais poderia imaginar. Meu saquinho de pão!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

For The One Who Broke My Heart The Hardest

day 20

for the person who caused me a lot of pain

Acho que já gastei tempo demais da minha vida escrevendo pra você. Colocando pra fora toda a minha decepção um tanto quanto desnecessária por sua causa. Antes eu me importava muito - aliás, me importava até demais - com tudo o que você fez, com todas as suas mentiras e tudo que você causou pelo fato de não ser homem e nem ter caráter o suficiente pra assumir seus erros. Então eu juro por tudo que mais me importa nessa vida que essa é a última vez que eu escrevo sobre você. E pra você. Dou a minha palavra. Sei que você vai ler isso, e sei também que talvez você já não se importe, assim como eu também não. Então é isso ai. Você foi a pessoa que mais me magoou ate agora, que me fez mais mal do que bem, que mais me decepcionou. E a que eu já não vejo nem sombra do passado.

domingo, 8 de agosto de 2010

For Someone That Pesters My Mind In a Good Way

day 19

para Thalita de Jesus Albuquerque Cardoso


Não sei como exatamente escrever isso. Quer dizer, no momento e pelo contexto, você é o alguém que importuna a minha mente. Positivamente, claro, né. Acho que eu tenho a obrigação de começar dizendo obrigada. Por tudo aquilo que você fez e tudo aquilo que você é pra mim.
Quando a gente se conheceu, cheguei a pensar que fossemos ser 'amigas' só ate o show do Anberlin. Com toda aquela empolgação, e tudo mais, sabe. Daí chegou o dia do show. A gente dez horas da manhã sentadas no chão, comendo porcaria, lendo livro, naquela fila desesperadora, um pouco antes de uma tempestade que fez a gente fugir pra dentro do bar de espelhos. E sabe, essa fila mudou a minha vida. Eu agradeço sempre por ter ido àquele show. Porque isso me fez realmente conhecer você. Naquela fila a gente conversou sobre tudo. Todas as nossas experiências, todos os nossos amores não correspondidos. Todas as nossas decepções -amorosas ou não - e todos os nossos amigos ciumentos e babacas que a gente simplesmente ama. E sabe, a partir daquele dia, você não saiu mais da minha cabeça. Você tem sido como a minha consciência, meu porto seguro quando eu 'to quase afundando.
Sei lá, a gente se conhece há tão pouco tempo, mas ao mesmo tempo a gente se conhece tanto! E, cara, eu te amo tanto! Não sei como explicar como, e nem o quanto eu te amo. Eu simplesmente amo, e ponto final.
Por isso eu agradeço primeiramente ao Stephen, ao Nathan e à A Day Late, por terem nos juntado sem querer. E agradeço à você, amigazinha, por continuar fazendo parte da minha vida todos os dias. Por falar coisas idiotas comigo quando eu 'to bêbada, por me dar o melhor abraço quando eu comecei a chorar por quem não me merecia, por não me julgar sem me conhecer, por se apaixonar pelo Bunchie comigo, por me emprestar sua camisa verde e roxa linda de morrer e não brigar comigo mesmo eu sempre esquecendo de te devolver. Agradeço por você me animar, por você me escutar, e por você me entender sempre. E xingar as pessoas filhas da puta comigo, mesmo quando você não faz a menor idéia de quem elas sejam, e por ser a minha tortinha linda, risos.
Enfim, obrigada de verdade por entrar na minha vida, por estar sempre na minha cabeça, por dar os conselhos mais engraçados e mais prestativos ever, e por nunca me deixar na mão.
Eu te amo muito, Thali.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

For The Person I Wish I Could Be

day 18

for myself

Eu poderia ser de qualquer jeito. Poderia ser alguém diferente, se realmente quisesse. Poderia não ser como sou. Ou ser apenas um pouco diferente. Mas sabe de uma coisa? Não, não é isso que eu quero. Definitivamente. Eu não quero ser ninguém além de mim. Tenho meus defeitos irritantemente insuportaveis, assim como todo mundo, e minhas qualidades, que não acho que sejam tão ruins assim. Tenho minha vida, e apesar de querer muitas coisas que não tenho, não a trocaria por nenhuma outra. Gosto da vida que levo, daquilo que sou, e não vejo porque ter/ser algo diferente disso tudo. Com toda essa carga emocional e tudo mais, eu sou feliz. Eu sou o que sou por causa de tudo o que passei. Então, sei lá... se eu quisesse ser um outro alguém, então todos os meus esforços durante dezessete anos seriam em vão.
A única coisa que talvez eu quisesse ser além de mim mesma, seria ser mais eu. E só.