domingo, 30 de maio de 2010

Talvez Não Faça Sentido

É engraçado, isso. Esse negócio de pensar frequentemente em uma pessoa que não seja você mesmo. Quer dizer, tecnicamente – e segundo Freud – a gente deve viver pra gente mesmo, pensar na gente. Entendo isso como ser um tanto quanto egocêntrico. E, pra ser sincera, realmente gosto disso. Até porque desse jeito, se nada tá dando certo, você sabe de quem é a culpa – apesar de sempre tentar inutilmente colocá-la em um alguém qualquer.
Mas ultimamente sair do tipo de vivência que Freud – agora provavelmente se revirando no túmulo – propunha, tem sido extremamente fácil (e conveniente). Dividir meus pensamentos entre mim mesma e outra pessoa é bem mais legal do que ficar vinte e quatro horas por dia pensando só em mim. E o melhor de tudo, olha só, é que esses pensamentos, esses do outro alguém sabe? Então, não trazem nada demais. Quer dizer, não mudam meu humor radicalmente. Não me sinto a pior pessoa do mundo, um caco, uma porcaria no fundo do poço, e também sei que não sou a pessoa mais feliz do mundo quando to pensando no outro alguém. Mas admito que sorrio um pouco mais por isso, ok.
Já pode parar de rir agora, é sério. Acho legal ficar repassando de vez em quando o tempo que passo com você, ora. Mesmo quando to rindo de você, e você ri junto – tenho certeza de que a sua vontade é me xingar muito quando faço isso. Ah, eu gosto, ué, tão simples! Deitar onde quer que seja e conversar sobre qualquer coisa que queremos, sem ninguém pra criticar, pentelhar e encher o saco. Só eu e você, dizendo o que queremos dizer. Ou quando eu acho a lua bonita – e eu sempre acho – e você me olha com aquela cara de você-sempre-diz-isso, mas concorda comigo sabe-se lá por que. Ou, sei lá, depois de beber, deitar na grama e ficar quietinha lá, com você de vez em quando fazendo um comentário aleatório ou outro. Gosto de ficar lembrando meio que do nada de tudo isso durante a semana, porque sei que daqui uns dias vou te ver de novo e rir com (de) você, e fazer tudo que a gente gosta de fazer simplesmente por fazer.
Depois de pensar nisso e em mais um pouco, eu percebo e asseguro que, realmente, viver egocentricamente não tem a mínima graça. Nem um pouquinho. Nunca. Não que eu ache que ficar pensando em outra pessoa o dia inteiro seja legal. Só gosto quando esse pensamento vem do nada, e me faz dar um sorriso quase que imperceptível. Mas mesmo assim é um sorriso. Então tudo bem, pensar um pouco no outro alguém me faz um pouco bem. Ok, me faz bem. Melhora o meu dia, de vez em quando. Não é por isso que eu te odeio menos, tá? Eu continuo te odiando. Te achando bobo. Te chamando de idiota. É, eu gosto um pouco de você.

Miserable At Best

" You're all that I hoped I'd find in every single way. And everything I could give is everything you couldn't take. 'Cause nothing feels like home, you're a thousand miles away. And the hardest part of living is just taking breathes to stay. Because I know I'm good for something, I just haven't found it yet. But I need it."

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deu vontade de postar porque 'tava ouvindo. Só isso.

I'm Not Afraid About What You Said.

“Você já tinha imaginado algo assim?” ela perguntou em voz alta. “Você e eu, quero dizer?”
“Não”, disse.
“Isso me assusta um pouco.”
Meu estômago virou, e, de repente tive certeza de que ela não sentia o mesmo que eu.
“Você não tem que dizer o mesmo para mim”, comecei. “Não foi por isso que eu disse.”
“Eu sei”, ela interrompeu. “Você não entende. Não estou com medo por causa do que você disse. Fiquei assustada porque também quero dizer. Eu amo você, John.
Até hoje ainda não sei como aconteceu. Em um instante estávamos conversando, no seguinte, ela inclinou-se sobre mim. Por um segundo, quis saber se o beijo quebraria o feitiço que nos envolvia, mas já era tarde demais para parar. Quando os lábios dela tocaram os meus, soube que poderia viver cem anos e visitar o mundo todo e nada se compararia ao momento único em que beijei a mulher dos meus sonhos e soube que meu amor duraria para sempre.
- Dear John, pag. 114

terça-feira, 25 de maio de 2010

Swear That You Don't Have To Go

E naquela noite gelada do segundo dia da primavera, como poderíamos imaginar! Imaginar que, sentados nas pedras do jardim do meu inglês com todos nossos amigos dividindo uma garrafa de cachaça com coca-cola, daquela conversa tão sem pé nem cabeça, viria um abraço que começou a mexer com tudo. E daquele abraço tão simples, tão aparentemente insignificante e comum, viria um beijo. Aquele beijo. Nosso beijo. E todo mundo, talvez, pensou que iria ser só mais um beijo, assim como os outros pra mim. Que você viria a ser só mais um, sem importância e relevância, como todos os que tentavam passar por essa muralha que havia construído ao longo do tempo, de base tão sólida e incontestável. Quisera eu, do fundo do meu (não) coração, que realmente fosse assim! Que não tivesse significado absolutamente nada pra mim, que fosse igual a todos os outros, que me fizesse imparcial sobre você, que passasse simplesmente em vão. Mas sempre foi difícil acontecer o que eu queria. Dessa vez não foi diferente. Voltei pra casa com um sorriso que ninguém via há muito tempo. Não que alguém o tivesse visto, aquela madrugada, pois quando cheguei em casa fui recebida com um latido acanhado e uma lambidinha na mão do meu vira-lata.
Uns dias depois, seu aniversário. Não sabia como seria, não o via desde aquela noite. Confesso que realmente havia muita curiosidade em mim sobre nós dois, por você ser sempre tão imprevisível, e eu ter sempre medo de me envolver com o incerto, com aquilo que sei que não posso controlar. Daquela vez, minha insegurança não me impediu, ainda bem, de retribuir seu beijo no meio da avenida, enquanto íamos comprar morangos e chocolate pro nosso fondue. Não sei o que exatamente naquele dia me fez prestar mais atenção em você, e começar a sentir um certo nervoso na sua presença. Ver que você era realmente, e literalmente, diferente de tudo aquilo que já tinha visto, de todos aqueles que já tinha conhecido. No fim das contas, acho que foi minha curiosidade, e, convenhamos um pouco de coragem também, responsável por eu me aproximar de você. E, aos poucos, me apaixonar por você. Ate gostar de você.
Estava tudo tão bem, pra quatro meses juntos. Quer dizer, nenhuma briga, nenhuma cobrança. A gente se entendia de um jeito só nosso, tão nosso, que acostumamo-nos a olhares desaprovadores e comentários dos demais, sem ligar muito pra isso. Afinal, o que importava era a gente, pra mim. E, só hoje eu sei, pra você também.
Errada eu, por não ter tentado te entender melhor. Por simplesmente achar o que eu queria achar sobre certas atitudes vindas de você, sem nunca falar nada, sempre deixando um sentimento de repreensão se acumular num canto dentro de mim e ficar ali, sozinho, sem ser tocado por ninguém além de mim. E continuar com você, mesmo assim, sem dizer uma palavra se quer, fingindo que aqui dentro de mim estava tudo bem. Fingindo que não doía, acreditando cegamente que iria passar, esperançosa de que tudo mudaria sem a gente mudar. Só que todo mundo sabe que dói, que não passa, e principalmente, que não muda sem mudar. E talvez esse tenha sido o meu maior erro: acreditar que sem mudar nada, tudo mudaria por si só, e ficaria simplesmente bem outra vez.
Acho que tudo isso foi ficando tão pesado dentro de mim, e de você, que foi se tornando impossível de suportar. Por mais que quiséssemos, por mais que tentássemos, por mais que fingíssemos que podíamos, foi inevitável a corda arrebentar pro lado mais fraco. Eu explodi por dentro, e achei melhor por nós dois, botar um fim em tudo isso, antes que o tempo desse conta de fazê-lo. Achei que seria a melhor solução, e ate hoje, não sei explicar se acertei.
De vez em quando, me arrependo profundamente de ter deixado você simplesmente sair da minha vida, mesmo com motivos suficientemente convincentes pro meu ego. Alguém que fez parte dela não por tanto tempo quanto outras n pessoas, mas tão intensamente como poucas conseguiram. Sem me pedir pra mudar, depois de se afastar, você me mudou. E durante todo o tempo que ficou do meu lado paciente e voluntariamente, te agradeço incontáveis e infinitas vezes por isso, me fez crescer. Crescer tanto, que talvez seja um pouco responsável por tudo isso, também. Mas já não importa, porque o que está feito, está feito. E não pense que te culpo por tudo isso, muito pelo contrário. Sei muito bem que, no fim das contas, ninguém tem culpa.
Só te peço pra parar de ficar tão longe, porque sinto sua falta. Sinto falta do seu cheiro, e ate das suas piadas sem graça. De te fazer companhia na cozinha enquanto você fingia que sabia cozinhar, e queimava todos os nossos nugguets pra jantar no sábado assistindo a ultima temporada de House. Sinto falta ate dos meus amigos reclamando e questionando todos os dias o que é que me fazia gostar de você, e de mim respondendo que eu simplesmente não sabia, e que era isso que me fazia gostar cada dia mais de tudo em você.
Sei que não te amo mais, e aceito isso, conformada. Não sei por que, mas não amo. Simplesmente gosto, apesar de tudo. E não vou deixar de gostar nunca, porque o diferente a gente nunca esquece. Você conseguiu marcar minha vida de um jeito único, que ninguém nunca vai conseguir. Isso por você ser de um jeito que ninguém nunca vai entender, nunca vai chegar perto de ser: absolutamente você.

May I say I loved you more

"And it must of been and hour that I clutched you in my arms. And I must have said the right thing, because you instantly felt warm. And you heard my heart stop beating, and you wanted not to cry as your sympathetic whispers, they told a tale of bad goodbyes. You swore you saw me laughing, and I swore I saw you smile as the time we've spent together was meant to last us quite a while. As I take this piece of you with me, I'll carry to my grave, and knowing that for someone you're an angel sent to save."

segunda-feira, 24 de maio de 2010

I'll Be The Wings That Keep Your Heart In The Clouds, You'll Be The Anchor That Keeps My Feet On The Ground

Eu estarei aqui pelo oceano só esperando pela prova de que há pores do sol e sonhos de silhueta. Todos os meus castelos de areia caiam como as cinzas de cigarros, e todas as ondas me tragam pro mar. Eu poderia ficar aqui por horas só pra perguntar à Deus: todo mundo aqui é fictício?. E com Sua voz chorosa, Ele diria: filho,essa é a questão. Será que esse silêncio ensurdecedor não significa nada pra ninguém além de mim?
As horas se transformam em minutos, e minutos demoram muito a passar . E eu estou desesperadamente aguardando. Você será a âncora que me mantém com os pés no chão, e eu serei as asas que mantêm seu coração nas nuvens. Mas minha língua não cairá, e nós ficaremos aqui sentados por horas...sozinhos e no escuro
Então deixe-me pensar na palavra pra isso. É muito cedo pra dizer perfeito? Se eu puder encontrar outros trinta minutos em algum lugar, tenho certeza que tudo me encontraria. Tudo que resta é apenas cantar.

domingo, 23 de maio de 2010

Perhaps...

"Talvez o amor não seja o que sonhei. Talvez o tempo não traga o que esperei. Talvez meu destino seja nunca ter. Talvez eu não seja a pessoa certa para você. Talvez eu também não seja a pessoa errada, e o nosso erro seja esse, só saber viver nos extremos. Talvez eu seja apenas esse vazio entre o que você quer e o que eu não posso ser. E de vazios ninguém vive. Vazios podem dolorosamente ocupar espaços, mas não preenchem almas que anseiam por um pouco mais. Ou talvez não seja nada disso. Talvez eu seja o amor da sua vida, mas não dessa vida. Talvez ainda haja magia, ainda haja verdade, e, por algum encanto, passe a tempestade e surja um arco-íris, trazendo o reconforto dos sonhos de criança. E talvez além do arco-íris, junto com um pote de ouro, exista um fim para tudo o que se sente sem não mais querer sentir. Talvez possa-se trocar toda a riqueza do tesouro por não se ter mais sentimentos, pensamentos, por alguém que não se pode alcançar. Talvez o prêmio para quem soube amar seja um dia não mais doer, todo amor que não era pra ser. Talvez. "

quinta-feira, 20 de maio de 2010

It's Not About You...


"Me recordei rapidamente de todas as pessoas e coisas que perdi por ainda não estar preparada para elas, ou por ainda ter muita curiosidade de mundo e dificuldade em ser permanente."


Isso não é sobre você. É sobre eu tentando pensar em outras coisas.