É engraçado, isso. Esse negócio de pensar frequentemente em uma pessoa que não seja você mesmo. Quer dizer, tecnicamente – e segundo Freud – a gente deve viver pra gente mesmo, pensar na gente. Entendo isso como ser um tanto quanto egocêntrico. E, pra ser sincera, realmente gosto disso. Até porque desse jeito, se nada tá dando certo, você sabe de quem é a culpa – apesar de sempre tentar inutilmente colocá-la em um alguém qualquer.
Mas ultimamente sair do tipo de vivência que Freud – agora provavelmente se revirando no túmulo – propunha, tem sido extremamente fácil (e conveniente). Dividir meus pensamentos entre mim mesma e outra pessoa é bem mais legal do que ficar vinte e quatro horas por dia pensando só em mim. E o melhor de tudo, olha só, é que esses pensamentos, esses do outro alguém sabe? Então, não trazem nada demais. Quer dizer, não mudam meu humor radicalmente. Não me sinto a pior pessoa do mundo, um caco, uma porcaria no fundo do poço, e também sei que não sou a pessoa mais feliz do mundo quando to pensando no outro alguém. Mas admito que sorrio um pouco mais por isso, ok.
Já pode parar de rir agora, é sério. Acho legal ficar repassando de vez em quando o tempo que passo com você, ora. Mesmo quando to rindo de você, e você ri junto – tenho certeza de que a sua vontade é me xingar muito quando faço isso. Ah, eu gosto, ué, tão simples! Deitar onde quer que seja e conversar sobre qualquer coisa que queremos, sem ninguém pra criticar, pentelhar e encher o saco. Só eu e você, dizendo o que queremos dizer. Ou quando eu acho a lua bonita – e eu sempre acho – e você me olha com aquela cara de você-sempre-diz-isso, mas concorda comigo sabe-se lá por que. Ou, sei lá, depois de beber, deitar na grama e ficar quietinha lá, com você de vez em quando fazendo um comentário aleatório ou outro. Gosto de ficar lembrando meio que do nada de tudo isso durante a semana, porque sei que daqui uns dias vou te ver de novo e rir com (de) você, e fazer tudo que a gente gosta de fazer simplesmente por fazer.
Depois de pensar nisso e em mais um pouco, eu percebo e asseguro que, realmente, viver egocentricamente não tem a mínima graça. Nem um pouquinho. Nunca. Não que eu ache que ficar pensando em outra pessoa o dia inteiro seja legal. Só gosto quando esse pensamento vem do nada, e me faz dar um sorriso quase que imperceptível. Mas mesmo assim é um sorriso. Então tudo bem, pensar um pouco no outro alguém me faz um pouco bem. Ok, me faz bem. Melhora o meu dia, de vez em quando. Não é por isso que eu te odeio menos, tá? Eu continuo te odiando. Te achando bobo. Te chamando de idiota. É, eu gosto um pouco de você.
Mas ultimamente sair do tipo de vivência que Freud – agora provavelmente se revirando no túmulo – propunha, tem sido extremamente fácil (e conveniente). Dividir meus pensamentos entre mim mesma e outra pessoa é bem mais legal do que ficar vinte e quatro horas por dia pensando só em mim. E o melhor de tudo, olha só, é que esses pensamentos, esses do outro alguém sabe? Então, não trazem nada demais. Quer dizer, não mudam meu humor radicalmente. Não me sinto a pior pessoa do mundo, um caco, uma porcaria no fundo do poço, e também sei que não sou a pessoa mais feliz do mundo quando to pensando no outro alguém. Mas admito que sorrio um pouco mais por isso, ok.
Já pode parar de rir agora, é sério. Acho legal ficar repassando de vez em quando o tempo que passo com você, ora. Mesmo quando to rindo de você, e você ri junto – tenho certeza de que a sua vontade é me xingar muito quando faço isso. Ah, eu gosto, ué, tão simples! Deitar onde quer que seja e conversar sobre qualquer coisa que queremos, sem ninguém pra criticar, pentelhar e encher o saco. Só eu e você, dizendo o que queremos dizer. Ou quando eu acho a lua bonita – e eu sempre acho – e você me olha com aquela cara de você-sempre-diz-isso, mas concorda comigo sabe-se lá por que. Ou, sei lá, depois de beber, deitar na grama e ficar quietinha lá, com você de vez em quando fazendo um comentário aleatório ou outro. Gosto de ficar lembrando meio que do nada de tudo isso durante a semana, porque sei que daqui uns dias vou te ver de novo e rir com (de) você, e fazer tudo que a gente gosta de fazer simplesmente por fazer.
Depois de pensar nisso e em mais um pouco, eu percebo e asseguro que, realmente, viver egocentricamente não tem a mínima graça. Nem um pouquinho. Nunca. Não que eu ache que ficar pensando em outra pessoa o dia inteiro seja legal. Só gosto quando esse pensamento vem do nada, e me faz dar um sorriso quase que imperceptível. Mas mesmo assim é um sorriso. Então tudo bem, pensar um pouco no outro alguém me faz um pouco bem. Ok, me faz bem. Melhora o meu dia, de vez em quando. Não é por isso que eu te odeio menos, tá? Eu continuo te odiando. Te achando bobo. Te chamando de idiota. É, eu gosto um pouco de você.