sábado, 23 de outubro de 2010

Tripé

Certas palavras me assustam. Certos rótulos, e tudo mais. Coisa boba, à toa, but they scare me as hell. E sabe o pior? Eu nem sei por quê. Juro por Deus que eu não faço a menor idéia de qual é o motivo pra tanto peso quando se tratam de algumas palavras tão simples. Não me leve a mal, ok, não é que eu não goste, eu gosto. De verdade. Mas é que de vez em quando as palavras que a gente traz pra si mesmo vêm junto com uma responsabilidade enorme, gigantesca. Monstruosa. Acho que é aí que eu começo a me assustar. Tenho medo de talvez não conseguir arcar com tanto; tenho receio de que o tripé da minha mesinha de centro não aguente o peso de tantos livros juntos num lado só. Sei lá, besteira minha pensar assim, quem sabe. Mas é assim, e pronto. Não há remédio que me faça mudar além de mim mesma;
Mas quer saber de uma coisa? Que se dane. Já foi o tempo que eu deixava todos os meus medos tomarem conta dos meus pensamentos e serem donos dos meus atos. Medo, sim senhor, eu tenho, mas não ‘tô dando muita importância pra ele não, viu. Porque eu tenho certeza de que se por um acaso a tampa de vidro da minha mesinha virar e eu não conseguir evitar dela cair no chão com todos os meus contos favoritos junto, você vai estar lá, pra me ajudar a separar todos os cacos das minhas capas, e colocar tudo de volta, em outro lugar que não vá mais desabar.