sexta-feira, 8 de abril de 2011

Eu só acho que é tudo muito esquisito. A gente se vê sempre, se olha de longe. Às vezes você dá um sorrisinho meio de leve assim, como se não soubesse se deve ou não sorrir. Aí eu respondo olhando meio pra baixo, subindo o olhar de novo e mexendo um pouco no cabelo. E é isso. Cada um vai pra um lado e fica o resto do dia assim. De vez em quando o resto da semana.
E aí tem dias em que a gente, não sei por que, resolve conversar. Que um vem e cutuca o outro, e a gente resolve ir andando juntos e falando várias porcarias, achando graça em tudo, como se fosse outro tempo. E conversa como se estivesse tudo a mesma coisa, como se não houvesse nada de diferente. Mas no fundo a gente sabe que tem, só não quer admitir.
Não sei o que acontece, ou como; se é porque o mundo da voltas ou porque ficou alguma coisa pendente há tempos atrás. Ou se é só por ser mesmo, e ponto. No fim das contas, a gente nunca resolveu nada, e as frases foram sempre as mesmas. Ao mesmo tempo em que ‘ta tudo certo,’ ta tudo errado. E eu, que já não conseguia figurar muita coisa, não entendo mais nada.

Menino, você me tira do sério.

domingo, 20 de março de 2011

Maior Que O Céu

"Acho que estava certo quando me disse pra esquecer, deixar meus pensamentos irem pra longe de você. Sem mais ilusões e noites sem dormir. Sem mais decepções, nem corações a se partir. Mas me deixe em paz, não volte a noite em mais um sonho. Eu não quero acordar e sentir que falta em mim o que te deixei levar. "

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O Ovo Apunhalado

Caio Fernando de Abreu (1948 - 1996)




Queria que o dia de hoje fosse um pouco mais inspirador, pois não anseio escrever tristemente, ainda que a lacuna que você deixou no mundo seja vasta.

Não sei pras outras pessoas, mas na minha concepção, você foi e ainda é uma das maiores inspirações. E de algum modo, uma das maiores certezas. E cada vez eu vejo nas prateleiras de livrarias e sebos Limite Branco, Morangos Mofados ou Pequenas Epifanias, me dá uma saudade. Uma saudade do que eu nunca pude conhecer.

Estranho como alguém que deixou de habitar esse lugar quando eu tinha 2 anos de idade, e que eu só fui conhecer através de palavras, capas e contra-capas 11 anos mais tarde, mudou por completo minha vida. E meus pensamentos. Mudou aqui dentro, tudo, na alma, no coração.

Caio, onde quer que você esteja hoje, que você saiba - eu tenho certeza que você sabe - de todo o coração, de toda a vida, que você foi, mas continua aqui com muita gente, todos os dias. E que faz bem, e que sempre faz melhor. E fala por nós.







"Quem diria que viver ia dar nisso?"

sábado, 19 de fevereiro de 2011




Tenho sorrido mais. Sorrido sem motivos, mesmo, só por sorrir. E tenho apreciado mais o sorriso de gente que eu não conheço, e provavelmente nunca venha a conhecer.

Sempre reparei no sorriso das pessoas. Conheço gente com o sorriso tão bonito, que eu com certeza poderia ficar horas olhando sem me cansar. E ficaria sorrindo de volta, só pelo simples prazer de mostrar os dentes dizendo que acho tudo muito bonito. E o sorriso não é bonito só quando tem os dentes todos certinhos. Ou quando os lábios são proporcionais, não. É bonito sempre que tem aquela essência de ser verdadeiro. Quando dá pra gente ver que a pessoa sorri por dentro, também.

Em pleno horário de pico na Estação da Sé, Luz ou na Avenida Paulista, depois de um dia exaustivo de estudos ou trabalho, algumas das pessoas, mesmo cansadas, querendo chegar em casa, tomar aquele banho, ficar um pouco com a família, o bicinho de estimação, ver uma tv, ouvir uma música e ir dormir, sorriem. Pro nada. Pra gente que elas nem conhecem. Só voltam pra casa sorrindo. Acho isso tão bonito de se ver. Chega a ser gratificante, de um certo modo, ver que não é todo mundo que tá puto e mandando tudo pro inferno porque teve um dia cansativo e ruim na vida.

Então, sabe, sorria. "Sorria, o mundo te ama.". Sorria sem motivo, mesmo. Pra quem você não conhece. Ate pra quem for grosso com você. Pro nada, pra ninguém, pro espelho. Pra você.



Just Smile. (:

sábado, 15 de janeiro de 2011






"Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida." (Clarice Lispector)
Todos nós temos grandes histórias a serem contadas. Coisas que, felizes ou tristes, deixam-nos eufóricos, desesperados, inquietos, incontroláveis. Algumas poucas palavras postas no papel, e pronto. Ali está todo um sentimento, toda uma história que, ora faz sentido somente para aqueles que fazem parte dela, ora iluminam e passam, essas palavras, a fazer parte da história do outro alguém desconhecido.
Escreva. Conte suas histórias. Deixe pedaços de você espalhados pela imensidão sem perdê-los. Faça com que pensamentos e contos que um dia importaram pra você importem, talvez, pra mais alguém além daqueles que estão ao seu alcance.
Encontre sua inspiração.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Parei um pouco de pensar, e comecei a reparar nas pessoas. Não só aquelas que eu convivo, mas em todas aquelas que estão por aí. E de repente comecei a ver que todas são insatisfeitas. Todas estão insatisfeitas. Ficam por aí reclamando daquilo que não podem ter. Esperneiam, rogam pragas, gritam pra todo mundo ouvir que aquela não é a vida que elas merecem ter.
Começo a achar, então, que as pessoas, em sua maioria, nunca estão felizes com o que foram capazes de conquistar. Querem sempre mais. E não podem ser felizes por um momento. E acham que tudo ‘tá uma bosta, sempre, porque estão tristes por uma fração de tempo! Por que ser feliz ou triste por um instante parece tão errado? Por que estar bem com aquilo que elas conseguiram é tão absurdo? “Como se fosse preciso ser feliz pra sempre ou triste pra sempre pra ser alguma coisa de verdade.”, como diria a Veronica.
O que é que todo mundo tanto quer, afinal? Pra que essa maldita busca por aprovação alheia, por aceitação de gente que elas nem ao menos conhecem de verdade, apenas ouvem falar? Pra que ser alguém que você não é pra fazer parte de um lugar ao qual você não quer, de fato, pertencer, mas acha que precisa, pois quem olha de fora acha que é o máximo? Não faz sentido, isso. Nada disso.
Alguns amigos meus tem razão. Todo mundo me deprime.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Untitled

I just wanted to know why I’m so afraid of losing you. It’s weird. For the first time, I cannot understand myself. You show me how much you want to stay with me, I make you sure about how much I want you. But sometimes nothing seems to be enough.
Maybe it’s because everything I love in non-secret, goes aways, somehow. Sometime. No reason, they just go. And go to never come back. Ever.