quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Piazza, New York Catcher

Têm dias em que parece que vai dar tudo errado. Que tudo é uma porcaria ( essa palavra, a partir de hoje, tem um significado a mais pra mim, btw), que toda a minha vida pode desmoronar a qualquer momento. Enfim, que de uma hora pra outra, vai foder o role todo. O que mais me emputece, de verdade, é que essa sensação vai e volta toda a hora. E fica aqui, me incomodando o dia todo, todos os dias. Dá uma vontade absurda de ligar o foda-se pro mundo e viver numa bolha. Ah, se eu pudesse eu já teria feito isso há muito tempo. Teria me poupado de muitas coisas infelizes.
Eu penso seriamente em mandar tudo pra puta que pariu. Mesmo. Até às sete e pouco da manhã, que é quando eu vejo você sorrir pela fresta da porta da sala em frente a escada. Você sorrindo com aquela cara de sono, de quem 'tava afim mesmo era de dormir até o meio-dia, de quem não 'tá nem um pouco afim de assistir aula, mas mesmo assim vai. É ai que eu paro de querer mandar tudo pro inferno. E paro de querer ligar o foda-se. Porque mesmo quando eu 'tô puta com tudo - inclusive com você - quando eu quero que tudo exploda, que o mundo seja sugado por um buraco negro e suma pra sempre com todas as pessoas nele, é você que me dá um motivo a mais pra sorrir. Pra dar uma risada, com uma piada babaca, ou um comentário infeliz. Ou até uma piadinha cretina. Você não imagina o quanto eu gosto disso.
Então, é aí que eu paro de me irritar com coisa pouca. De ligar muito pras coisas mundanas, que sempre vão 'tar ali pra me encher a paciência, não importa se tudo 'tiver dando muito certo ou catastroficamente errado. É aí que eu começo a ligar mais pro que me faz sorrir, pras coisas que realmente importam, pros detalhes que fazem meu dia valer a pena, assim como... assim como você. :)